A imuno-histoquímica baseia-se na demonstração de antígenos de interesse em cortes teciduais com o uso de reações antígeno/anticorpo, que culminam com a deposição de um cromógeno no sítio de ligação. O desenvolvimento da imuno-histoquímica na Oncologia Veterinária é demonstrável pelo número crescente de publicações na área, caracterizando a sua contribuição no diagnóstico, prognóstico e terapêutica em uma série de processos neoplásicos em espécies domésticas. Para tanto é necessária uma amostra tecidual usual, fixcxada em formol a 10% ou o tecido já emblocado.
As principais aplicações do método no àmbito da Oncologia Veterinária são:
- diagnóstico histogênico em neoplásicas pouco diferenciadas; pex. Diagnóstico diferencial em neoplasias de células redondas; Nesses casos usualmente é realizado um painel de imunomarcação customizado, construído a partir das evidências morfológicas obtidas a partir da avaliação microscópica da lesão;
- subtipagem de neoplasias; pex distinção entre linfomas B e T, com importantes implicações prognósticas e terapêuticas;
- caracterização de sítio primário em carcinomas metastáticos; pex. Na presença de células carcinomatosas em linfonodo em ausência de um sítio primário conhecido;
- distinção entre processos benignos e malignos; pex. Lesões melanocíticas cutâneas em cães apresentam comportamento biológico relacionado à atividade mitótica tumoral ;
- distinção entre inflamação crônica e linfoma; pex. Particularmente relevante no diagnóstico de enterites crônicas em felinos;
- distinção entre linfoadenopatias reacionais e linfomas;
- na pesquisa de micrometástases de carcinomas em linfonodos;
- pesquisa de indicadores prognósticos em neoplasias; pex. Em mastocitomas cutâneos caninos, além da graduação histológica, alguns marcadores auxiliam no estabelecimento do prognóstico, como a proteína Ki-67 e a expressão do oncogene c-kit.
- pesquisa de indicadores preditivos em neoplasias; pex. Em pacientes com indicação para quimioterapia é importante a pesquisa da expressão do gene de múltiplas resistência à drogas, pois a sua atividade implica em refratariedade ao tratamento.
